segunda-feira, novembro 20, 2006

Bike trip ao Corvo



Depois de ler o post do ludo abaixo públicado onde se fala de lugares remotos, lembrei-me de postar sobre a viagem que realizei às Flores e Corvo, no já distante mês de Abril deste ano. Com o objectivo de realizar uma Adventure Trip para a 2ª Série do Programa da RTP Açores Alta Pressão, juntou-se um grupo de tipos polivalentes nestas coisas dos desportos de ar livre com o objectivo de captar imagens de surf, windsurf, BTT, canoagem, parapente ....etc.
Uma vez no grupo Ocidental nesta altura do ano as boas condições climatéricas são sempre um totoloto, é que não é raro ficar uma semana fechado em casa por causa do mau tempo. Tivemos sorte, fomos presenteados com optimas condições para fazer um pouco de todas as modalidades. No que nos diz respeito às bikes posso afirmar que a ilha das flores tem inumeros trilhos por toda o lado, aliás, só se conhece esta verdadeiramente, ou a pé ou de bike, pois as paisagens mais deslumbrantes situam-se ou pelo interior ou pela orla marítima. Nesta ilha destaco um trilho técnico na zona dos Mosteiros e um mais rolante por estradões em terra que atravessa as Flores desde as Lajes ao farol de Ponta Delgada. A bike ideal será uma de XC pois existem por lá umas boas "paredes". Levando uma bike de estrada fica-se limitado aos caminhos asfaltados e estes não são lá grande coisa, cheios de buracos.
A ida Corvo era obrigatória, e não deixa de ser estranho viajar de semi-rigido com bikes lá dentro. A viagem de barco só por si já vale a pena, os visuais são deslumbrantes. Uma vez no Corvo, descarrega-se e pedala-se rumo ao caldeirão são uns 9 Km de subida, lá em em cima a paisagem lindissima revela-nos a cratera. No caldeirão ainda se pode descer de bike um trilho tipo dh até ao centro, uma vez lé em baixo, faz-se uma caminhada contornando a lagoa e subindo à cumieira norte onde temos a vista para o precepício de 500m que é a costa norte do Corvo. No regresso, sobe-se com a bike às costas rumo ao miradouro e depois é descer a fundo até à vila. Aí, atinando com uma pequena derivação faz-se o resto da descida pelo meio das casas ao melhor estilo Downtown, até ao bar ao pé do porto onde se "emborca" umas fresquinhas antes de embarcar rumo a casa.

5 comentários:

Ludovic disse...

Sim senhor! Mais um daqueles temas fixes!!! ...Continuo a trabalhar para as semanas q passarei em cima da bicicleta e de barco/avião a percorrer todas as ilhas(dos Açores), para poder dizer q realm/ conheço todas as ilhas... Há-de chegar! A bicicleta é mesmo a melhor forma de conhecer os sitios, hábitos, paisagens e costumes, e os Açores apesar de não serem mto grandes, são mto dispersos.
Abraço Melo, e Obrigado por partilhares a tua experiência conosco. 5* (y)

Unknown disse...

Espectacular. Deve ter sido um raid e tanto. Já tinha tido oportunidade de as fotos em http://alta-pressao.blogspot.com/ muito fixe ;)

Abraço, boas pedaladas!

jormed disse...

Só posso dizer... que inveja... lol
Posso dizer que já tive o prazer de visitar as Flores e o Corvo... mas não de bike. Alías qando lá fui (1994) nem me passava pela cabeça que um dia ia ter este vicío.

As Flores e o Corvo são ilhas absolutamente deslumbrantes... lindas, lindas, lindas. Ninguém pode dizer que conhece os Açores sem lá ter estado pois são únicas.
Mas o que mais me impressionou (mais do que as paisagens) é o sentimento que nos envolve quando lá estamos... muitas vezes se fala no isolamento das ilhas, insularidade ou outros termos equivalentes... No grupo Ocidental a insularidade ou isolamento quase que se podem "tocar" ou "respirar", pois sente-se mesmo isso... é uma coisa muito estranha... então quando estamos no Corvo a contemplar as Flores.
Enfim... o que este post me fez recordar... lol

Se as coisas não mudaram muito, as estradas das Flores podem considerar-se impróprias para as bikes de estrada. Quando lá fui estavam muito mal-tratadas... mas que tem umas "paredes" lá isso tem. Concordo com o Melo sobre a melhor forma de conhecer a ilha.. de BTT deve ser o ideal.

O Corvo... o Corvo é um espectáculo.. que coisa pequenina. Só para terem noção do tamanho da ilha... ela caberia dentro da Caldeira das Sete-Cidades... lol.
Quando fazemos a volta às cumeeiras é o equivalente a dar a volta à ilha do Corvo... pelo calhau... lol

Fiz a descida pelo meio das casas a pé... dava um downtown sim senhor... com escadas, ruelas, vielas, atalhos e uns estendais de roupa presos ao guiador... lol

Valeu my friend!

Unknown disse...

Lololol, jormed e as suas crónicas ;)

Valeu!! =P

melo disse...

Vejo que apreciaram o post, fico satisfeito. Uma coisa é certa, vale muito a pena, não é barato estar por lá, mas, que é uma viagem unica lá isso é. Depois de ter lá estado e sentido na pele aquela potência do elemento natureza bruta, fico a imaginar como não seria São Miguel à uns 40/50 anos atrás antes da era do asfalto, pisões, vias rápidas... enfim até à era do Parque Atlântico. Fico a imaginar quando as aguas das nossas lagoas eram transparentes e as sete cidades eram um "cú de judas" juntamente com as furnas e lagoa do fogo.
Ali nas flores paramos no tempo no que diz respeito à natureza, por isso vale pena estar por lá.