sexta-feira, dezembro 16, 2011

VI GALA DO CICLISMO REGIONAL - 16 de Dezembro 2011

Na próxima Sexta-feira, dia 16, a partir das 19h30 no Centro Cívico e Cultural de Santa Clara, terá lugar a VI GALA DE CICLISMO organizada pela Associação de Ciclismo dos Açores.

Nesta cerimónia a ACA premeia os atletas e equipas vencedores nas diversas competições oficiais de ciclismo que decorreram ao longo de 2011 e apresenta algumas das ideias chave para 2012.

É também o momento ideal para agradecer todas as entidades que contribuíram para o sucesso deste projecto:

- Câmara Municipal de Ponta Delgada – ANIMA/Cultura;

- Câmara Municipal de Ribeira Grande;

- Câmara Municipal de Nordeste;

- EML - Empresa Municipal de Lagoa;

- Direcção Regional de Juventude;

- Norte Crescente - ADL;

- ZON Açores;

- LIBERTY Seguros;

- Carreiro & Comp. Lda.;

- J.H. Ornelas;

- Contil, Lda;

- Agência Melo;

- Atlânticoline;

Fazemos desde já o convite e apelamos a todos os atletas, dirigentes dos clubes, familiares e simpatizantes, para que estejam presentes na cerimónia.

Trata-se de um momento importante para a modalidade e a presença de todos contribui de forma decisiva para o seu engrandecimento no contexto do desporto açoriano.

terça-feira, dezembro 13, 2011

O “meu” 1.º Raid BTT Cellulem Block…


Dia 27 de novembro de 2011. Faltavam cerca de dez minutos para as sete da manhã, quando com um misto de entusiasmo e apreensão desativei o despertador, ainda antes de este ter tocado.
Era cedo, já que tinha tudo preparado de véspera. Vestir o equipamento de licra, tomar o pequeno-almoço, encher a garrafa com água, carregar os bolsos da jersey com o telemóvel e barra de cereais, tirar a bicicleta do suporte de parede, afivelar o capacete, ajustar óculos e luvas, já são rotinas normais de domingo.

Normalmente quando elevo a bicicleta para o seu repouso, ela já vai limpa, lubrificada e com a pressão dos pneus verificada, pronta a usar. Para este domingo estava especialmente preparada. Para além dos normais cuidados baseados em spray de silicone e WD-40, a atenção tinha-se concentrado na montagem do suporte de road-book e de um relógio acertado ao segundo pela hora oficial PT.
A ocasião mereceu inclusive um ajuste de ar nas suspensões, da distância aos punhos das manetes de travão e verificação do aperto de alguns parafusos.

Preparar tudo à pressa e em cima da hora não é para mim. Comecei a usufruir deste evento ainda nem me tinha inscrito. As expetativas, as trocas de ideias, as brincadeiras, toda a preparação da bicicleta, do suporte de road-book e a sua melhor montagem, entre outros, fazem parte da festa!

No fim de semana que precedeu o evento, eu e o meu companheiro de equipa rumamos em direção às Sete Cidades para testar os suportes e apurar a leitura do road-book. Menos positivo foi o road-book utilizado datar de 2008 e pertencer a um passeio TT dedicado a jipes, revelando-se demasiado duro para bicicletas. Mas deu para perceber melhor a mecânica da coisa, pelo menos da minha parte.

Voltando ao dia do evento, tive de fazer a deslocação de casa ao local de partida de bicicleta. Ainda eram alguns km e foram feitos de forma calma e suave, não obstante os primeiros sintomas de alguma ansiedade. Deu tempo para chegar, levantar os dorsais, aplicá-los na bicicleta e ainda rir e descontrair um bocado com outros participantes, antes do briefing. Depois da primeira equipa sair, ainda tínhamos cerca de quarenta minutos de espera, já que os nossos números eram o 40 e 40-A.

Um pequeno constrangimento surgiu logo à partida, quando a organização nos entrega apenas um road-book! Como o ciclo-computador do meu primo não mostrava grande fiabilidade, tinha de ser eu a levar o road-book. Por coincidência, a minha experiência com os mesmos resumia-se ao passeio dos jipes efetuado de bicicleta no domingo anterior. O meu primo ficava responsável pela carta de controlo.

Desde logo tomei uma decisão, guiar-me pelos km totais e não pelos parciais, que poderia ter-se revelado errada, devido ao avolumar da margem de erro que normalmente acontece. Foi arriscado, mas correu bem, mesmo que para isso, enquanto esperava pelo meu parceiro que apresentava alguma falta de rodagem, por duas ou três vezes tivesse levantado a roda da frente da bicicleta e corrido alguns metros com ela pela mão, para reduzir a tal margem de erro. O facto é que nunca me enganei no percurso, tive apenas uma ou duas hesitações.

O percurso. A única crítica que ouvi é que tinha demasiado asfalto, mas até partiu de uma pessoa que nem participou no evento, apenas fez o percurso posteriormente. Aliás, também o fiz. Gostei bastante do mesmo, portanto, enquanto tinha o suporte de road-book montado foi aproveitar, desta vez de forma ainda mais descontraída.
Embora fosse delineado numa zona que conheço relativamente bem e por onde costumo andar, existem sempre trilhos que revelam ser agradáveis surpresas. Na minha opinião o percurso foi muito engraçado, acessível, variado e adequado ao evento e aos seus propósitos.

O minuto penalizado no controlo 2 e os dez minutos no controlo de chegada acabam por ser aceitáveis, mais chato foram os cinco minutos no controlo de passagem 2, onde talvez um lapso no registo da referência tenha dado lugar aos mesmos. Os tempos na especial foram medianos, aliás como a nossa prestação geral, com o décimo nono lugar obtido.

Para quem a componente competitiva estava relegada para segundo plano, os objetivos que passavam por usufruir de uma jornada de BTT em pleno foram alcançados, sendo que a diversão esteve sempre assegurada. O evento correspondeu às expetativas, houve convívio, entreajuda e conhecimento de novos trilhos.

A organização esteve à altura do evento, mesmo com uma participação acima do esperado. Foram 47 equipas, o que perfez a soma de 94 praticantes e bicicletas na estrada. Para primeira experiência e mesmo com uma divulgação limitada, o formato “Raid” despertou muito interesse e grande adesão. Sob pena de causar alguns constrangimentos, era importante corrigir dois aspetos em futuras edições. Evitar alterações à última da hora e ter um local próprio online, como um blogue, uma página de Facebook, etc., onde os interessados possam ir acompanhando todas as informações inerentes aos eventos.

Já se ouve falar numa segunda edição do Raid BTT a realizar em janeiro próximo. Acho bem. Tal como acho bem que se queira realizar apenas dois eventos por ano. Julgo que o limite estará nos três. Tal como ouvi em conversa no decorrer do lanche oferecido no final do Raid, convém não se deixarem levar pelo sucesso desta primeira edição, elevando o número de eventos para lá do razoável, tal como a sua extensão e grau de dificuldade. Senão corre-se um sério risco de fazer uma rápida triagem automática e limitar o evento aos vinte ou trinta que levam o ciclismo mais a sério.

Para mim, o formato Raid BTT é mesmo o ideal. Parabéns a todos os responsáveis pela iniciativa!

Rui Pereira