PASSEIO RÁDIO ATLÂNTIDA 5 DE ABRIL

E eis que chega finalmente o dia do Passeio de Cicloturismo da Rádio Atlântida.
A chuva da noite já fazia prever que ia ser mais um daqueles passeios recheados de lama e peripécias, e assim foi.








A afluência ao evento foi muito positiva (não sei precisar números...) mas é de realçar a presença de novos e velhos, e de algumas raparigas também.

PANORÂMICA DA CONCENTRAÇÃO NAS PORTAS DA CIDADE

Depois de termos dito umas palavras em directo, a comitiva arrancou em direcção à Lagoa.

ALGUNS JÁ CONHECEM ESTA BUZINA-DONALD, É O SUCESSO DOS PASSEIOS, LOL

Feita a Avenida Marginal e a Rotunda de Belém, eis que o pelotão se divide: os adeptos do asfalto seguiram em frente, para a Praia do Pópulo, enquanto que a malta das canadas virou à esquerda.

Aqui entrou a minha responsabilidade de guiar o pelotão através do intrincado emaranhado de trilhos e caminhos que sulcam toda esta zona.

Para grande satisfação minha, a maior parte dos participantes optou pela alternativa de terra...

SEPARAÇÃO PERCURSO TERRA/ESTRADA

Alguns ciclistas menos habituados a estes percursos mais radicais devem ter ficado muito assustados logo com o primeiro trilho, que inicia perto do Café Rotunda.

Só tem 15 cm de largura, e é todo ele bordejado por uma ravina bastante ingreme, com uns 20 m... impróprio para quem tenha vertigens...
Mas a verdade é que este era o único local com estas características.

O MIGUEL VALÉRIO, LOCUTOR DA RA E MENTOR DESTA ESPECTACULAR INICIATIVA.

OPTOU PELO PERCURSO DE ESTRADA, NÃO SABE O QUE PERDEU !

Depois deste trilho, fomos até São Roque, mas sempre por canadas. Um trilho interrompido obrigou-nos a descer ao Poço Velho e fazer um pouco de Estrada Regional, mas 400 m mais à frente já estávamos na lama outra vez...

Atingida a estrada nova que liga o Estádio de São Miguel ao Livramento, viemos novamento ao asfalto, mas mais uma vez por pouco tempo.

A subida do cemitério foi muito dura para alguns dos presentes, especialmente os que tinham bicicletas mais pesadas.

Mas não há subida que não acabe, e esta acabou numa bela descida que fez as delícias dos muitos jovens presentes.

Daí para a frente, foi só percorrer algumas das muitas canadas que ladeiam a via rápida, que estavam atulhadas de poças de lama.

Numa zona em que tivemos de saltar um rail, perdemos o contacto, infelizmente, com o Hugo Giesta, que estava a dar apoio motorizado à malta.

Ele nunca mais conseguiu encontrar-nos, lol !

Pequenas subidas e descidas, de piso por vezes muito partido, iam apimentando o percurso, que teve uma nova zona radical (mas sem ribanceiras), e que termina na Canada Nova do Pópulo.

Já perto da Lagoa, rebentou-me o pneu de trás (foi mesmo o pneu, não dava para colocar câmara de ar nova), o que me obrigou a um esforço acrescido - andar furado é de arder !

ALGUNS DOS PARTICIPANTES, JÁ NA LAGOA

Chegados à Lagoa, depois de muita diversão e transpiração, fomos acolhidos pelo outro grupo, que já tinha chegado há um bilhão de anos.

Os elementos da Rádio Atlântida empaturraram-nos de chocolates, e não faltou nada, até estava lá a carrinha da Helpbike para afinar as bicicletas ao pessoal.

Eu aproveitei essa carrinha para me trazer a bike para PDL, e pedi uma emprestada a uma menina da Rádio Atlântida, que foi muito simpática em ceder-ma, e até pareceu um pouco aliviada por não ter de vir nela para baixo...

O JOÃO AZEVEDO A OLHAR PARA UMA BIKE CHEIA DE LAMA E A MALDIZER O TER-SE DEIXADO DORMIR E CHEGAR ATRASADO AO PASSEIO

O VALÉRIO OBSERVA ATENTAMENTE O EMANUEL PEREIRA, DA HELPBIKE, QUE TENTA RESOLVER UM DOS MUITOS PROBLEMAS MECÂNICOS QUE SURGIRAM

Após o merecido descanso e não-sei-quantos chocolates, iniciámos o regresso a Ponta Delgada, surpreendendo os transeuntes, que eram obrigados a olhar para nós, tanto pelo colorido da comitiva, como pela agradável chinfrineira que o carro da RA fazia à nossa frente, espalhando pelo ar a musica da sua emissora, o que, diga-se de passagem, dá muito mais pica para pedalar !

UM LOONGO PELOTÃO ENCHEU HOJE A ESTRADA REGIONAL

E pronto, alguns aproveitaram para ir ficando em suas casas, outros houve que reagruparam novamente nas Portas da Cidade.

Eu ainda tive de pegar outra vez na minha bicicleta furada e pedalar 1,5 Km até casa... Mas valeu a pena. Espero que a RA faça mais Passeios destes - foi muito bom !