Resultados e Classificação XC#5 MAIA

Aqui ficam os resultados da 5.ª prova da Taça de São Miguel de BTT – Cross-Country bem como as classificações nos diversos escalões após a realização da mesma.

Começo se calhar por dar os parabéns ao Jorge Medeiros (myself… lol) que já é vencedor virtual no seu escalão, graças à não comparência de José Viveiros na prova da Maia, por motivos que só o próprio poderá adiantar...

É mais uma vitória do NC num escalão, neste caso Veteranos, após a conquista do mesmo troféu nos Sub-23, pelo André Arruda na prova do Carvão. Nos outros escalões, apesar de matematicamente ainda ser possível a mudança de líderes, só mesmo a desistência dos mesmos ou a sua não comparência na última prova poderão impedir as vitórias do Emanuel Teves em Cadetes e do António Lourenço em Juniores. No caso dos Elites, o Rui Dias não está assim tão abonado de pontos, mas tem a vida relativamente facilitada… basta-lhe terminar no máximo 2 lugares atrás do Ricardo Silva, para não ter que fazer mais contas.

O CLUBE NC não pode deixar de agradecer à JUNTA DE FREGUESIA DA MAIA por mais uma vez ter recebido com grande dignidade uma prova de ciclismo. Este ano o circuito esteve ciclável em toda a sua extensão e isso deveu-se ao muito trabalho da Organização e da própria Junta de Freguesia. Agradecemos igualmente à empresa MARQUES, Lda, pela amabilidade que teve em ceder aquelas “tábuas” para podermos atravessar a zona de areia. Finalmente à CARREIRO e COMP. Lda pela cedência da viatura para transporte de material e bicicletas.

A Maia já lá vai, mas não vai sem antes deixar aqui mais alguns comentários acerca do fim-de-semana. Desta vez é-me impossível deixar de lado a pele de organizador e por isso aqui vão alguns desabafos, farpas e umas pequenitas sugestões. A prova não esteve isenta de algumas falhas em termos organizativos e aí o CLUBE NC assume responsabilidades, embora algumas se devessem às peculiaridades do local onde a prova decorreu, e não tanto a falhas propriamente ditas.

- A mais grave foi a presença de carros na rua onde iria passar a prova. Havia autorização para fechar a rua, e a mesma foi fechada, mas deveria ter-se evitado que as pessoas deixassem os carros lá estacionados. Quem regressou da praia enquanto decorria a prova “circulou” por lá. Felizmente que ninguém saiu prejudicado mas enfim… uma situação que deveria ter sido evitada através da colocação de placas a avisar as pessoas com a devida antecedência. Os próprios atletas poderiam ter evitado deixar lá os seus carros… logicamente!

- Em qualquer prova onde exista muito público (e tivemos 2 em 2 semanas seguidas) é sempre difícil controlar os movimentos das pessoas durante o decorrer de uma prova. Na zona de meta houve demasiado burburinho o que poderia (não sei se o fez) ter prejudicado o trabalho de quem estava na mesa de controlo. O local de meta deveria ter ficado situado numa zona mais “calma”, mas isso também seria difícil dadas as condicionantes de espaço.

- Houve alguma falta de sinalização para delimitar as zonas habituais numa prova, nomeadamente a de Abastecimento, Assistência Técnica e de Verificações Técnicas.

- Houve um ligeiro atraso no início da prova motivado em parte pela demora no fecho da rua ao trânsito. Digo “em parte” porque o resto explico daqui a instantes…

Agora passo às “falhas” que não dizem directamente respeito à Organização.

- Acabou por ser um erro ter permitido que os atletas efectuassem o reconhecimento do circuito antes da prova. Quem chegou a horas ao local sabia (porque foi informado) que os reconhecimentos só eram permitidos entre as 16h30 e as 16h45!!! Esses mesmos que foram informados cumpriram o que lhes foi pedido. Os “outros”, os atrasados foram na onda sem saberem o que se passava, e chegámos ao cúmulo de estar em condições de dar início à primeira corrida e ter de esperar que alguns atletas completassem o seu reconhecimento (lembro que já eram 17h20, quando a primeira corrida deveria ter começado às 17h00). Agora pergunto… onde está a cabeça de um atleta que parte para o reconhecimento de um circuito após as 17h00, sabendo que uma das corridas iria iniciar-se às 17h00? Enfim…

- Continuaram a haver algumas situações na corrida que são inconcebíveis para quem já vai na 5.ª prova da Taça. Se os regulamentos fossem cumpridos à risca teriam ocorrido desclassificações. Na primeira corrida houve um caso de um atleta que circulou em cima da bicicleta em sentido contrário em plena zona de meta…

- Perto das 17h00 ainda não tinham chegado ao local todos os atletas inscritos na prova… a hora limite eram 16h30!

Para resumir e para não pensarem que o cenário está pintado de negro (porque não está) a prova correu bem. Valeu a pena ir à Maia. O circuito pelas suas características é um concentrado daquilo que é exigido a um atleta numa prova de BTT… muita técnica, muita preparação física, muita concentração para não cometer erros.

Mas parte de tudo o que disse é uma preparação para o que vou escrever a seguir.

Dado que parte dos problemas surgidos na Maia se devem ao não conhecimento de horários, ou falta de comunicação dentro das equipas, ou ao não conhecimento de que as provas têm regulamentos, comunico o seguinte:

A partir de agora só serão aceites as inscrições devidamente preenchidas, assinadas (nem que tenhamos de conferir as assinaturas no acto das verificações técnicas) e entregues PELO PRÓPRIO ATLETA dentro dos prazos estipulados para tal, na loja Carreiro e Comp. Lda, junto ao mercado de Ponta Delgada, ou então na sede do Clube NC em Santo António. Os Directores Desportivos das equipas deixam de poder inscrever os seus atletas. A Organização faz depois a inscrição das equipas com base nos atletas que estiverem inscritos.

Julgo que só assim teremos a certeza de que os atletas terão acesso aos regulamentos (se os lêem é outra história) e aos horários das provas para que não se atrasem e fiquem a perceber um pouco melhor o trabalho que está por detrás de uma prova!

Enquanto atleta, sinto-me lisonjeado ao ver que existem pessoas a trabalhar para que eu possa competir nas melhores condições. Senti-me “importante” em Vila Franca quando presenciei diversos carros a serem rebocados para a corrida correr nas melhores condições. Na Maia vi trabalhadores da Junta de Freguesia a trabalharem durante horas para que tudo estivesse pronto a tempo e horas. Eu acabo por trabalhar para mim próprio. Enquanto atleta, o mínimo que posso fazer é cumprir as condições impostas pela Organização (inclusive cumprir horários) e dar o meu melhor em prova.

E mais não digo!