quinta-feira, fevereiro 28, 2008

II TAÇA DISREGO EM DOWN-HILL - 2 de Março

No próximo fim-de-semana inicia-se uma outra competição, desta feita a II TAÇA DISREGO em DH. A nuvem de pó levantada pela prova de Domingo passado em XC ainda não se abateu totalmente, mas é preciso começar a canalizar as atenções para competição que se aproxima a grande velocidade ou não fosse o DH uma vertente do BTT onde a destreza e a velocidade são fundamentais.

O DH nunca assumiu um espaço muito relevante aqui neste blog, não porque tenha menos interesse que o XC ou estrada, mas porque a esmagadora dos seus praticantes não intervem neste espaço, talvez por culpa de um maior espiríto de free-rider que apela a um maior individualismo entre os seus praticantes.... sei lá... estou a divagar... lol

Apesar do que disse, o DH tem sido nos últimos 2 anos a vertente de BTT que tem atraído um maior número de praticantes e também a que tem registado um maior número de adeptos, excepção feita claro está, à prova de Domingo passado em XC.
Confesso que não faço ideia de quantos inscritos iremos ter no próximo Domingo, mas seguramente iremos ultrapassar os 30 participantes.

Esta prova de Domingo vai ser especial por vários motivos, a começar pela competição colectiva. Para além da equipa NC/SPORTZONE, estará em competição o SANTA CLARA e o CD ANTERO DE QUENTAL, sendo que o CDAQ aposta fortemente no DH, ou não fosse o seu responsável um "velho sábio" nestas andanças. Estará representada em todos os escalões e conta nas suas fileiras entre outros, com o Chico, que é somente o actual campeão em Elites da TAÇA DISREGO.

Em termos de percurso propostos, e ao contrário por exemplo do XC em que se mantiveram todos os percursos de 2007, na TAÇA DISREGO iremos ter pela frente 2 estreias. A primeira já este fim-de-semana na famosa descida dos 3kms nas Sete Cidades, que promete ter mesmo mais do que 3kms (!!!) . A 2.ª prova será disputada na Ribeira Grande numa descida que se inicia um pouco depois da Caldeira Velha para quem sobe pelo norte em direcção à Lagoa do Fogo. Portal do Vento (versão mais extensa que em 2007), Maia e Vila Franca são as provas que se mantêm relativamente a 2007.

Para os colegas do pedal (e não só) mais distraídos, o DH é um espectáculo que merece a pena ser visto... confesso que me rendi à modalidade enquanto espectador. Vão até às Sete Cidades para ver a prova!
Dá um trabalho dos diabos organizar esta vertente, mas sinceramente vale a pena pelo espectáculo que proporciona. A HELPBIKE colabora afincadamente com o Clube NC na organização desta competição, nomeadamente na preparação dos percursos... foi a solução encontrada para poder levar avante a competição, que no fundo vai de encontro ao interesse de todas as partes. Sempre disse que não fazia sentido deixar para trás nenhuma das 3 vertentes que temos vindo a organizar... todos juntos somos mais fortes.

HORÁRIO E PROGRAMA DA PROVA
Sábado – 1 de Março de 2008
15h00 às 18h00 - TREINOS LIVRES
Domingo – 2 de Março de 2008
9h15 - INICIO DAS VERIFICAÇÕES TÉCNICAS
10h00 - HORA DE FECHO DAS VERIFICAÇÕES TÉCNICAS
10h30 - Descida de TREINO OFICIAL
11h45 - 1.ª DESCIDA DE PROVA
13h00 - 2.ª DESCIDA DE PROVA
14h00 - ENTREGA DE PRÉMIOS

Prometo que desta vez não me esquecerei dos troféus... lolol
Por falar em troféus... o Luís Melo tem de passar no Carreiro para levantar o seu troféu de Domingo passado, pois foi o "Melhor DH" em XC... ainda não tinha referido este pormenor, mas o troféu existia mesmo para essa categoria especial!
Mark Rego, Paulo Roque, Ricardo Rodrigues, André Arruda, Artur Ferreira e Joaquim Correia têm igualmente os seus troféus para levantar no Carreiro. PH Clinic e Santa Clara também!

Fiquem bem!

11 comentários:

CARLOS SILVA disse...

Hum... estou curioso...
É que o caminho dos 3 Kms não tem 3 Kms !
Portanto, das duas uma:
Ou vão colocar a meta mais em baixo, o que vai tornar a prova muito mais XCica (inventei este adjectivo agora, lol), ou então criaram uma "serpentina" à volta do trilho principal, com aquelas trialeiras que fazem as delícias do público (e penso que dos participantes).
Domingo veremos...

Luis Alves disse...

Eu vou la estar... Jorge se precisares da minha ajuda para alguma coisa é so dizeres.

Abraços

melo disse...

Para quem não sabe, os 3 km é uma classica do DH regional, uma espécie de Paris-Roubaix. É um traçado que está um pouco como o Pinhal da Paz para o XC, traçado longo mas técnicamente fácil (ou não). Este traçado faz reavivar o espirito "retro" do DH isto é velocidade pura, que para mim é a grande dificuldade para alguns. Quando comecei a descer andava mito por ali primeiro de HT só mais tarde de FS, o caminho era mais estreito mais selvagenm não havia tanta mota, quad e jipes a andar para cima e para baixo, alias razão esta pela qual este local foi sendo abandonado progressivamente pelo pessoal. Encontros imediatos com os adeptos motorizados e massificação do local com rampas e raids foram decisivos para a malta se por à descoberta de novos trilhos (ainda bem). Estavamos no ano de 2002 mais propriamente em Dezembro quando eu o Narciso o Gamboa e acho que o Manél tb decidimos reformular aquele traçado dando-lhe um "look" mais moderno, introduzindo três zonas técnicas:1ª zona situava-se no fim da recta e tinha dois drops, um para entrar na secção e um que ligava no vamente ao caminho principal que baptizamos de "drop d'agonia" tinha 7m de altura, escorregava e curvava no fim entre uma arvore e uma pedra. Facto curioso foi que este local só foi usado nesta ocasião e da prova raramente passava-se por ali até que uma série de derrocadas no local o "mataram" para a felicidade de muitos. No DH quem rola ou quem abre pela primeira vez um trilho ou faz um salto ou algo semelhante tem o direito de atribuir um nome de "gerra" ao local (é uma regra de cavalheiros)neste local tive a honra de ser o primeiro e o baldo foi tão grande que após cair em queda livre lá de cima mandei uma joelhada na pedra seguido de cabeçada na arvore e só parei no caminho na melhor posição para levar com a bike em cima. Após isto em todas as passagens, a abordagem ao drop provocava uma falta de ar e uma agonia asfixiante, atenção, isto era transversal a toda gente.
A 2ª secção situada a meio dos 3 Km era mais fácil tirando a descida final, constituida por um slalom vertical entre duas arvores. Este local já existia mas apenas o Narciso e o Frederico tinham os "Balls" para se mandarem. Ai limpanos um pouco mas mantivemos a dificuldade, os pilotos é que tiveram de ir lá fazer horas extras de treino. Actualmente este local está todo cavado a dificuldade é minima e com desagrado observei que já não se faz o slalom. E por fim a 3ª secção que comparada com as outras era uma brincadeira, apenas uma gincana entre arvore com um salto no fim para os 3Km.
Após este local o circuito pode tomar duas vias; continua-se a descer em velocidade até ao bebedoura das vacas ou entrar para os "pilares" numa zona com pedal até à uma trialeirazinha que conduz à baia do silêncio. Sou um adepto convicto da segunda opção, pois em prova esta secção equilibra um pouco as coisa, isto é quem perde tempo a descer em velocidade pode recuperar neste local e quem ganha tempo a descer vai se ver "grego" para manter a cadência. Assim os pilotos com bicicletas com muito curso conseguem muito controle na velocidade e conforto nas trialeiras por outro lado carregam mais peso e no pedal podem perder muito tempo. Depois temos o outro lado da medalha bike mais de freeride menos curso menos envolvência nas lombas mais tendência a ser projectada nos saltinhos e menor controle menos velocidade, por outro, lado mais ageis e leves a pedalar.
Vai ser interessante, até porque normalmente as provas nos 3KM atraem muito público o que coloca a modalidade em evidência e por outro lado a geração das provas federadas não conhece bem a realidade deste tipo de percurso e acima de tudo não conhece os efeitos fisiológicos de uma prova desta duração e intensidade.
Para terminar, faço um apelo aos participantes para aparecerem bem protegidos pois se existe local onde a protecção nunca é demais é aqui.Atinge-se velocidades elevadas na recta, alguns afirmam que os melhores andam nos 70KM/H ou mais na recta (dependendo do estado do piso) e um despiste a esta velocidade, magoa muito.
Abraço a todos.
PS: Já agora, tive um professor que dizia que as boas equipas eram constituidas por atletas com as seguintes caracteriísticas, o veterano, a promessa, o campeão, o carregador de móveis, o amigo, o rebelde, o tecnicista e aquele que ninguem dá nada por ele - a revelação.

jormed disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
jormed disse...

Vai ser a 2.ª opção... dai dizer que vamos ter mais de 3kms de extensão ;)

Em relação às protecções, o regulamento deste ano explicita o que é obrigatório... este ano é tudo obrigatório:

Ponto 10 do Regulamento Geral:

10 – EQUIPAMENTO, PLACAS E DORSAIS
a) Nas provas de Down Hill é OBRIGATÓRIO o uso de capacete rígido integral, de acordo com o aprovado pela UVP/FPC. Não é autorizado outro tipo de capacete.
b) É OBRIGATÓRIO o uso de protecções próprias tais como: protecção de tronco e coluna, cotoveleiras, joelheiras, luvas integrais e calças compridas (ou calções), feitos de materiais rígidos.

Este 2 parágrafos foram copiados na integra dos regulamentos da Taça de Portugal de DHI de 2008.

Unknown disse...

E óculos ?

Anónimo disse...

São para quem não vê bem André. lol.

Sousa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sousa disse...

Saudades dessa merda pá. Os meios eram poucos mas o espírito era único. Empresta daqui, desenrasca dali.. Era assim prova atrás de prova, com o pessoal unido. Agora não sei como estarão as coisas por aí, mas tenho visto que o xc anda em força, e para bem de todos, não só para os amantes da lycra. Espero que este ano traga mais emoção e camaradagem, que afinal é o que se quer disto, e que não se perca o espírito do desporto com competições exageradas, normalmente resultado dos booms nas modalidades. Resta-me desejar a maior sorte a todos os participantes, muitos dos quais grandes amigos, e que ninguém se magoe. Quanto aos 3km, melhor descrição do que a que fez o Luís é impossível. É um troço que se pode revelar traiçoeiro.
Aproveito agora que está a começar a época para deixar um repto: conhecendo a realidade regional e a nacional nesta vertente, penso que se calhar já era altura de incluir mais algumas "passagens aéreas" nas pistas. A batalha já tem um salto agradável mas que sabe a pouco. Se forem ver ao nacional, rara é a pista que não tem um roadgap.. E nenhum deles é pequeno. A ideia não é ir atrás do nacional, mas sim fazer evoluir a técnica do pessoal e acrescentar o factor diversão e espectáculo, para participantes e público respectivamente. O exemplo da batalha é um bom começo... Infelizmente há outros maus exemplos, rampas com inclinações e colocações estúpidas, que pedem a queda, mas desses não reza a história.
BTW, continuem o bom trabalho.
Tenho uns videos de provas de DH nos 3km à espera de serem passados para dvd. Um dia desses aparecem.

Um abraço,
Nuno Sousa - Freeridezone.net

RJG disse...

Os 3 kms era e se calhar ainda é a prova que mais impressiona o publico pela velocidade que se atinge e pela destreza com que alguns participantes dominam as suas bikes, nunca mais me vou esquecer da primeira vez que vi o Lourenço (Barrote) a descer este percurso ja lá vão 10 anos, mas também o narciso e o frederico eram bastante impressionantes destes 3 é pena que só o narciso continue a fazer algumas provas e bastante limitado pela sua vida profissional muito aterefada, é pena porque qualquer um deles faz falta as provas de DH cá do sitio.

Boa sorte a todos e para os mais nervosos tentem não fazer cóco nas calças antes da partida.

Cumprimentos

Rui Gamboa

CARLOS SILVA disse...

Uma vez fui ver o Frederico descer aquilo, e fiquei num local em recta, mas onde se ouviam as travagens que eles faziam depois de passarem por mim.
Ainda estou à espera de ouvir a travagem do Freddy...completamente louco !