terça-feira, junho 20, 2006

ANIMA-B.T.T. XC SETE CIDADES,conceito para agradar a todos?,ou será preciso rever e voltar às origens?

Diversos comentários já foram aqui(e lá fora) tecidos às anteriores duas provas da Taça de São Miguel de B.T.T. Cross Country 2006.
É opinião quase consensual de todos que são duras,exigentes,longas,técnicas,etc.
Eu como "culpado disto" comungo até certo ponto,do feedback que os atletas transmitem.
A nossa meta é de preparar os atletas para confrontos com atletas mais "fortes teoricamente" e isto ajuiza-se,com os mesmos confrontos como por exemplo com a vinda de atletas de outras ilhas sendo a primeira experiência já testada com o RUI COSTA na Gorreana onde se bem se lembram o RUI até fez um bom inicio (rodando em 2º na 2ª e 3ª volta ) de corrida mas acabou por sucumbir ao " puto maravilha do NC " e ao Zé Viveiros na parte final da prova, ou então como se espera com a deslocação de atletas ao Campeonato Nacional.
Na Batalha não foi possivel "encontrar" novo ponto de referência nem agora nas Sete Cidades o mesmo vai ser possivel,mas na Lagoa do Carvão tudo irá ser feito pelo Clube NC neste sentido e ai meus amigos,como diz o ditado "antes de ir para o mar avia-te em terra".
A propósito de quê veio esta longa história,nem mais porque a próxima etapa da Taça comparada com as anteriores vai ser um "passeio" e se não acreditam esperem para ver.
As dificuldades maiores,ou a maior vai ser rodar em areia numa parcela do circuito que não tem mais de 300 metros e que se estiver SECA pode fazer danos fisicos aos menos "fortes" de resto até desta vez "metemos asfalto" para descansar o corpinho mas não as pernas.
Técnica? a meu ver não lá existe nada que o poderia-mos considerar com tal,sem ser a descida entre barreiras em direita longa com uma % de inclinação elevada até ao Tanque,os restantes obstáculos 2 ou 3 drops que até nem dificuldade teem para ser chamados assim.
Desta feita a Lista de Inscritos merece-me um comentário menos abonatório,se inicia-mos a Taça com 25 inscritos/23 à Partida diminuindo para a segunda prova para 22 inscritos /20 à Partida desta feita ficamos pelos 18 inscritos e sabe-se lá quantos estarão à Partida domingo.
Por isso o titulo deste Post, e se não estamos no bom caminho ainda é tempo de encontrar o trilho certo e no final da próxima prova já saberemos isso com mais pormenores.
ALTERAÇÔES AO REGULAMENTO
Em primeiro lugar e devido à quantidade de atletas na corrida C1 a mesma vai ser anexada à C2 isto é ponto assente,corrida unica a disputar no próximo domingo(art9.5 do Regulamento da Prova).
Em segundo lugar o HORÁRIO/PROGRAMA DA PROVA sofre alteraçôes sendo para domingo adoptado o seguinte:
ABERTURA DAS VERIFICAÇÕES............11H00
FECHO DAS VERIFICAÇÕES...............12H00
PARTIDA DA PROVA C1 e C2.............13H00
ENTREGA DE PRÉMIOS...................15H30

6 comentários:

Ludovic disse...

Obrigado pelo elogio, jovem... Quanto à lista de inscritos axo q acima de tudo se deve participar, e tenho pena q nem todos pensem assim. Quem n vai fica a perder umas horas bem passadas em cima das "nossas amigas" ...as bicicletas, claro (mentes perversas, as vossas), umas descidas curtidas, e uma horita e qq coisa de transpiracao. Eu penso q do NS há apenas a ausência de 1 elemento, na lista de inscritos. De qq forma, n justifico aqui, nem em lado nenhum ninguem, pq n me cabe a mim. Cada pessoa é responsável por si. Tb partilho da opiniao do Ricardo, q se calhar houve uma quebra, na adesao dos DH's ao XC... q tb é pena, pois têm feito provas bem interessantes.
Também penso q n podemos ser tao negativistas de "rever e voltar à origem". Isto é mais ou menos como um comboio. Quem quis, quer, e continua a querer correr, tá nas estações, e vai apanhando-o sempre, e como diz o Ricardo, já há um nucleo, uma base, q tá sempre lá, c/ pedras ou picaretas, drops ou uns cházitos, ou lama e quedas. Isto de agradar a todos, nunca vai existir.
A organização faz as provas, e cabe aos atletas correr nelas, sejam elas como forem(técnicas, enlameadas, ou longas), e mai nada!
Agora, tb axo q n podemos estar sempre a mandar para fora esta ideia de desuniao, q na realidade n existe. Existe sim, um ou outro q por um motivo ou outro n pode ou n quer ir à prova, e como temos um universo mais pequeno de corredores, nota-se logo. Isto é q é... agora por causa disso lembrei-me do artigo q li da estrada no açoriano oriental. O Jornalista deve basear os textos na informação daqui e do blog do NC, refletida. Quem leu o jornal e n percebe nada de ciclismo e tá mesmo por fora, ficou a pensar q n havia taça, pq n interessava aos atletas e às equipas, e n é verdade. Temos em estrada um universo de 15 atletas. Apareceram na reuniao 7. Se virmos bem, foi metade (50%, pq n podia ir um atleta e meio). Obviam/ q qq coisa q tenha sido decidido na reuniao, quem n teve, perde o direito a queixar-se depois. A verdade é q a parte da falta de apoios, q acabaram por n surgir ou serem cancelados para a taça de estrada, quase n foi frisado no jornal. Bem, já me estiquei mais do q queria, mas axo q é preciso vermos, todos, q a coisa n tá assim tao "preta", e até à mtas coisas positivas. Por exemplo, tenho um puto no NS a treinar, qdo os estudos o permitem, para esta prova das 7 cidades. Como vêm nem tudo vai mal no reino do Leão (ou das melâncias)! ;)
Abraço, ppl!

jormed disse...

Eu alinho e concordo com o que disseram os "liáns"!
Acho que estamos no caminho certo para esta modalidade... aliás, esta modalidade é isto que temos vindo a fazer e ponto final. Alterar o que tem vindo a ser feito implicaria arranjar outro nome para esta modalidade... nesse caso poderia passar a chamar-se "Taça de passeio na Avenida" ou algo parecido.

Brincadeiras à parte, acho que o problema tem raízes muito mais profundas. Para encontrar uma resposta temos de ir à mentalidade das pessoas, à forma como somos educados. Neste pais não é incutido um espírito competitivo aos mais jovens. Há uns meses já abordei um pouco isto, mas cito o exemplo dos americanos. Desde cedo os jovens são levados a praticar uma modalidade e são conduzidos e educados de forma a serem os melhores naquilo que fazem. Em Portugal isto não acontece, por isso, há excepção de um ou outro caso raro, não somos bons em nada a nível internacional (ou mesmo a nível nacional). Nos Açores isto ainda é mais grave... só me lembro de um nome de sucesso: Pauleta... o resto é paisagem!

Temos neste momento cerca de 10 pessoas no XC que são elementos fixos... "o tal núcleo duro", mais uns 5 ou 6 que também não falham. O resto é muito volátil. Não julgo que seja por causa da dureza das provas. Na classe Promoção não se pode falar em dureza, quando apenas dão 2 ou 3 voltas aos circuitos. Acho que tem mais a ver com a mentalidade das pessoas, com a falta de espírito de sacrifício como diz e muito bem o Ludo.
Temos de cativar mais pessoas para o tal "núcleo" e aumentar o leque de voláteis para termos sempre 5 ou 6 na promoção (em regime de rotatividade... lol)

Dou mais um exemplo que vem no seguimento da referida "dureza". Temos de ter um patamar de exigência nas provas, pois só assim se evolui. Por exemplo o Rui Costa chegou cá e disse que não estava preparado para uma prova com a dureza da Gorreana. Agora também digo o seguinte: apesar da "dureza" das nossas provas, nenhum de nós está preparado para a exigência de uma prova do Nacional!
Como é que é? Voltamos atrás? Isso seria tentar corrigir algo cometendo um erro na minha opinião!
Força sobike. Estamos no trilho certo. Temos é de arrastar mais gente para esse trilho.

E antes de falar no pessoal do DH que não entrou nesta prova, falemos antes de outros mais próximos que treinam todos os dias (ao contrário da malta do DH), mas nem sabem que o XC existe (ou nem querem saber), apesar de por várias vezes já termos dito que o ciclismo precisa deles!

Isto é um meio pequeno e como tal temos de nos unir se quisermos ter aquilo de que gostamos, neste caso, provas dignas desse nome como temos tido. Isso passa pela mudança de mentalidade de alguns dos nossos colegas do pedal e lanço-lhes um apelo: olhem menos para o vosso umbigo e pensem mais no futuro da modalidade. Os exemplo do Rui Dias e do Viveiros devem ser seguidos.

O que andamos a tentar construir não é um acto de amor utópico, no qual damos sem esperar receber nada em troca (como diz a teoria). Isto não é uma estrutura profissional. Presentemente é um conjunto de amigos a trabalhar para outros amigos, tentando dentro do possível incutir um espírito mais profissional às Organizações.

Temos de dar mais de nós próprios, isto também se quisermos receber mais em troca...

Unknown disse...

Alcatroados ?!? Xissa, vira essa boca para lá, Ricardo..

Bem, acho que as provas devem ser feitas com diferentes graus de dificuldade, mas sempre com o sentido de evoluir o pessoal em termos fisicos e técnicos. Portanto estaremos a falar em graus de dificuldades Médios a Altos e não Baixos a Médios, porque médio significa estancar!
Como vocês sabem é impossivél agradar a pretos e brancos, e há sempre algum com a boca suja a dizer que não gosta disso ou daquilo. Acho que o interesse principal é o andar de bicla e não o subir paredes, descer escadas, pular barreiras, portanto venha o que vier, desde que seja para fazer com o "cú no selim" o pessoal tem de se acostumar, pois só assim evoluimos.

Quanto á falta de atletas, vou dizer o que acho ser como causa. O XC e a Estrada, na minha opinião, são modalidades que implicam uma certa disciplina de treino de modo a obter resultados e melhores performances desportivas. O gostar de andar de bicla, muita gente gosta, agora a dedicação ao treino, a força de vontade e/ou motivação para tal é que muitas vezes é pouca, ou até mesmo nula.
Logo, sem motivação não há treino e sem treino não há resultados e muito boa gente não está disposta a aparecer em prova e apanhar 1,2 ou até mais voltas de avanço.
Ai é que creio ser correcto entrar em algo já referido pelo Jorge, a moldagem das mentalidades desde pequenos a se dedicarem a algo e a esse algo se entregarem de modo a serem bons naquilo que fazem. Infelizmente por cá, desporto é sinónimo de futebol, mais coisa menos coisa (andebol, natação ou tlvz judo) as massas têm os olhos virados para o desporto das "canelas". E daí, enquanto não houver essa dita mudança de mentalidade, dificilmente aparecerão pessoal especializado em cada desporto, pois o pessoal segue por um desporto até se fartar, depois migra para outro, depois até alguns migram para o sofá e para a televisão, nunca se tornando verdadeiramente bons naquilo que se practicam.

Bem, acho que já me prolonguei, mas a malta tem coração grande e aguenta ;) Cumprimentos a todos e continuemos o bom trabalho até hoje desenvolvido, pois apenas todos juntos, conseguimos levar o ciclismo para a frente. Bem hajam!

melo disse...

Tá certo. Estou de acordo com tudo o que foi referido acima, está correcto. No entanto e sem querer ser porta voz dos DH's e falo por mim, este mês foi um bocado duro foi XC mais DH fora as sessões de algum treino durante a semana. Às vezes é preciso dar uma pausa ter um fim de semana para fazer outra coisa. Quando participo numa prova gosto sempre de chegar ao fim com a consciência de ter dado o melhor seja qual for o resultado, sou assim. Participar para dar uma volta ou duas e enconstar, não obrigado!!
Por falar em treinos a malta do dh também treina(pelo menos alguns. Com outro espirito, é certo, na ultima quinta feira quando treinava com o meu grupo encontrei o Simas mais um amigo no monte escuro a treinar auxiliado pelo pai, é assim mesmo!! Outras vezes o nosso treino é feito de catana na mão e sacho na outra a criar dificuldades ou criar alternativas nos percursos.
Quando se vê um DH a passar com fluidez nas trialeiras de xc e dh, por detrás daquela passagem estão horas e horas de treino em cima da bicicleta tal como vocês só que num sentido diferente; a descer. Muitas vezes os nossos sacrifícios fazem-se deixando algum sangue derramado no trilho e umas boas centenas de euros em material partido; nas quedas (condição essêncial para se evoluir).
Por isso e sem me alongar muito penso que na próxima prova as coisa vão voltar ao normal pelo menos falo por mim, sinto-me um pouco cansado o fim do ano lectivo, é complicado são exames nacionais avaliações finais, relatórios sem fim....etc .
O Ricardo focou um aspecto importante, à muito pessoal por ai a pedalar até com om boas máqinas de XC( e alguns até de DH) que quando se fala em provas fogem como o diabo da cruz, seria importante captar esta malta.
Bem, boa prova a todos.

jormed disse...

Quando muitas vezes digo que o ppl do DH não treina, estou a referir-me ao treino de resistência como é feito para estrada e XC. Vocês não precisam de treinar essa parte, pelo menos com a intensidade que nós treinamos... isso é óbvio! Tem sido fixe ver malta do DH nas provas de XC. Como já referi antes, dão sempre uma outra pitada, pelo menos nas partes a descer... lol

Dai ter dito no meu comentário anterior para antes de falar dos atletas de DH que não entram, falar antes dos "outros"!
Existem atletas a treinarem diariamente em estrada (alguns até já fizeram XC) ou até em BTTs, que não fazem o menor esforço para entrar actualmente nas provas de XC...
Um atleta que treina estrada ou BTT diariamente está muito mais habilitado a fazer um bom resultado nas provas de XC do que um atleta que treina DH.

E volto a bater numa tecla que quanto a mim não deve ser ignorada. Os clubes têm de começar a assumir um papel mais importante nisto tudo. Têm de ser criadas condições para que os Clubes consigam cativar atletas jovens, dando-lhes igualmente condições. Todos sabem que no NC estamos a fazer isso, mas os apoios são escassos, e mais escassos irão ficar se não foram feitas 2 coisas (da competência exclusiva da União Velocipédica) num futuro imediato:
- um curso de treinadores para que os clubes tenham pessoal habilitado a trabalhar com os mais jovens. Além do mais, garanto que no próxiumo ano sem um treinador a trabalhar no terreno, os clubes não vão buscar 1 euro que seja à Direcção Regional;
- um curso de comissários, para que as provas decorram dentro de todos os parâmetros legais e a entidade organizadora (NC, UVSS ou outra) consiga ir buscar os apoios necessários para montar as provas sem andar a pedinchar junto desta e daquela entidade...

Um esforço que devia ser de todos, está a ser apenas de alguns... mas não vale a pena entrar mais por ai, pelo menos por enquanto. Isso fica para o fim do ano e se quiserem até faço um desenho depois!

Acho que pondo os Clubes a trabalhar será o método mais eficaz de começar a juntar mais pessoal nas provas.

Está giro... há já algum tempo que um post não apelava à escrita...

melo disse...

O treino para dh para além da parte técnica tabalha-se mais à base da potência muscular e menos endurance. No entanto nunca se pode descuidar a resistência de base, é sempre um trabalho que deve ser feito.É esta resistência que faz com que se consiga descer mais vezes e recuperar mais rápidamente enfim treinar mais, aguentar a bike mais tempo, etc.
Enfim, resitência que nos permite fazer XC sem ambicionar o título. Mas tambem à que referir que nas provas de DH que se realizaram, ainda não se notou quem está bem fisicamente e quem não está, pois são demasiado curtas. Só apartir de provas na casa dos 3 minutos e meio é que a "tal" resistência começa a marcar a diferença. Talvez atletas como o Xico já teriam alcançado uma(merecida) vitória na taça.