terça-feira, março 24, 2009

A descida da BATALHA

Como tem vindo a ser hábito ano após ano, a Batalha é sempre um tema especial. O pessoal começa a sonhar com aquela descida e não há volta a dar ao assunto... aquilo mexe com as pessoas que realmente gostam desta modalidade.

E realmente há motivos para isso. A descida, apesar de não ser uma coisa do outro mundo, impõe algum respeito, sobretudo para quem a vê pela primeira vez. Este ano e sobretudo nos últimos dias tem havido alguma fricção no "chat" sobre o que se deve ou não fazer no trilho. Para alguns devem ser corrigidos alguns pontos, para outros deve ficar tal qual está.

Na minha opinião, a descida já foi substancialmente melhorada no ano passado. Perdeu-se alguma da espectacularidade da descida sobretudo em termos técnicos, mas tornou-se o trilho suficientemente acessível para a maioria dos praticantes. Foi uma situação de compromisso, aceite por todos. Quem quiser ver o que se passou no ano passado pode consultar o arquivo do biclas e constar o que estou a dizer.

Este ano, muito sinceramente, julgo que não há necessidade de alterar nada na descida, sob pena de desvirtuar por completo aquilo que o trilho ainda tem para oferecer. O circuito da Batalha com aquela descida da forma como está, reúne actualmente as condições ideais para permitir a selecção dos melhores valores, sem comprometer a participação de todos os restantes elementos.
Não é possível agradar a todos, mas de momento, julgo que a pista reúne as melhores condições para agradar aos que andam há mais tempo nestas andanças e ao mesmo tempo não desagradar totalmente aos que chegam de fresco à competição. Alterar o que quer que seja, significa alterar este equilíbrio a favor de uns em detrimento de outros.

Não há necessidade de entrar em excessos. Cabe aos mais "antigos" ajudar a cativar o interesse dos recém-chegados no sentido de transmitir um pouco do que sabem acerca das melhores forma de abordar a descida.

Graças ao trabalho efectuado durante o Sábado passado por vários elementos (André, Carlos Silva, Rebelo, Igor, Alvaro, Antero), já é possível treinar em toda a extensão do circuito (vejam o vídeo em http://www.carreiro.pt/).
No próximo fim-de-semana, vai ser possível continuar a treinar no circuito, o que me faz terminar parafraseando o André, "são as pessoas que têm de se adaptar ao circuito e não o circuito às pessoas".

Fiquem bem!

10 comentários:

melo disse...

Pessoal a descida está optima, dá para todos,agora , quem desce bem vai voar baixinho por ali abaixo.
Quem tiver DH's atrás de si na subida já sabe que na descida, eles vão vir como loucos por ali abaixo, é melhor dá passagem, lol.
Tive lá hoje novamente e dá gosto andar no percurso todo, não se sintam inibidos e participem, vão ver que depois desta prova irão estar noutro patamar como amantes de BTT. O reconhecimento e afirmação como praticantes desta modalidade consegue-se através da superação deste tipo de desafios independentemente do resultado alcançado. A recompensa no final suprime qualquer sofrimento, acreditem.
Apareçam que não se vão arrepender.
Bons treinos.

melo disse...

PS: Quem diz gosta de descidas duras, que se inscreva no DH que a modalidade precisa de caras novas, este ano se não fosse a "velharia", a modalidade andava na rua da amargura. lol

@teves disse...

Talvez possa vir a ganhar mais algum adepto já que as minhas pernas não vão com as subidas é só descidas lol

Ludovic disse...

este ano só estive na descida, qdo fui testar a Enduro, a Epic, e a Scalpel(3x distintas). O trilho em qualquer uma da vezes estava enlameado, estava "primitivo", e basta dizer q qdo testei a epic, estava c/ o Ricardo Silva, e desci colado a ele (para os q n me conhecem, desço mal, e o ricardo desce normalm/ muito bem, e n conhecia a bicicleta). A vez q estava de enduro fiz com o Filipe Sousa, também correu bem.

Abraço, Não tenham medo, porque a batalha já não é o que era. Preparem-se sim, é para a subida, pq já vi mtos "empanados" por lá acima, eu inclusive.

Ana Rita disse...

Olá!!
Eu sou uma praticante nova e por isso não posso ser grande critica relativamente aos trilhos.
Iniciei-me na prova das 7 Cidades e armada em esperta fui o domingo passado para a Batalha com os meus amigos e é verdade que acabei por fazer o meu baptismo ao chão:) mas acho que faz parte da aventura e faz parte da modalidade e só cá está quem quer e na minha opinião não acho que se tenha de melhorar o trilho em pró de alguns com pena de prejudicar quem realmente adora a modalidade e como já disseram acho que somos nós que nos temos de moldar ao trilho e não o trilho em função dos nossos desejos.
Se queremos vencer o trilho da Batalha e todos os outros que estão para vir, terá de ser com mais treino.
Eu sou uma daquelas praticantes descontraídas porque até gosto de andar de bicicleta mas não sou viciada e nem vejo estas actividades como competições mas admiro todos os que deliram e vibram com estas provas e acho que temos de respeitar os verdadeiros amantes da modalidade e dar-lhe toda a força e apoio.

P.S- Se virem que não conseguem descer a Batalha...saiam da bike e vão a pé porque é o que eu vou fazer no caso de ganhar coragem para entrar na prova!!

BOA SORTE A TODOS!!

jormed disse...

Olá Tirita... esse é que é o verdadeiro espirito do BTT.
Acho que não conheço ninguém que já não tenha testado o chão da Batalha...

O Ludo diz ali uma coisa meio disfarçada, mas toca num ponto muito importante... o verdadeiro teste do circuito da Batalha é a subida. Todos falam da descida, mas na verdade o que decide a corrida é a longa e dura subida que lá está. Quando chove a descida fica complicada... mas não imaginam a dureza que é subir aquele single-track com lama... é durinho...

Anónimo disse...

É verdade Jorge!

De facto, todo o mediatismo da descida, remete a subida um pouco para segundo plano.

Esta "senhora" subida até nem parece muito má ao nível da inclinação, mas a sua distância do tipo "nunca mais acaba", em conjugação com um piso característico, obrigam a uma selecção de transmissão muito leve e a um constante martelar nos pedais, que mói, mói e dói...

Bom, quanto à descida, sem dúvida que mete respeito e tenho que confessar que até me dá vontade de rir, estarem a "discutir" porque foram tiradas umas pedras e umas raízes... lol

Então depois de cair (e bem), fiquei com algum receio (para não dizer medo lol) e aí sim, festival de asneiras até chegar lá abaixo está assegurado...

Com tanta dificuldade, estou como a colega Tirita, a ganhar coragem para entrar na prova!

Não liguem muito... são desabafos de maçarico!!! ;)

Paulo Almeida disse...

O problema, a meu ver não está nem na subida nem na descida mas sim em qual das árvores me vou enfaixar - LOL
Estive lá 4ª feira passada para fazer, pela primeira vez um reconhecimento ao circuito.
De facto não é nada fácil. Aquilo está feito para quem trata a bicicleta por TU. Eu ainda a trato muitas vezes por EXCELENTÍSSIMA SENHORA DONA DOUTORA.
Amanhã haverá nova peritagem ao circuito para decidir sobre a escolha da dita árvore.

Haja saúde e força na Canela

jormed disse...

Faz algum tempo que não me ria tanto ao vir aqui ao Biklas. Estavas inspirado Paulo... lol

Ana Rita disse...

Realmente o Paulo teve a capacidade de nos fazer rir com a grande aventura que vai ser a prova, cheia de quedas! Acho que eu vou acabar a prova é a tratar por TU as árvores em vez da bicicleta...lol!